quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pedais: Modulação


Chegamos a nossa terceira parte sobre essas pequenas caixinhas que, sob os pés de vários músicos famosos, fizeram história ao longo dos anos. Dessa vez, falaremos sobre os pedais de modulação, tão desejados por aqueles que querem elevar seu timbre a um outro nível, cheio de efeitos, frequências variadas e sons "loucos". Aqui, falaremos sobre Chorus, Phaser, Flanger e Trêmulo/Vibrato.
Por definição, a categoria de modulação trabalha dentro do princípio de dobra de sinal, alteração na freqüência, afinação, amplitude e fase do sinal. Bom, se formos seguir a risca esse conceito, os pedais de Pitch (Harmonizers, Octaves e Pitch Shifers) deveriam entrar, porém preferi separá-los em outro futuro artigo. Lá explicarei o porquê.
Antes de falarmos sobre os tipos diferentes de modulações, precisamos enfatizar um ponto muitíssimo importante na nossa discussão: a diferença entre pedais digitais e pedais analógicos. Isso porque quando citarmos os modelos, mostraremos quais se encaixam num grupo e quais ficam no outro. Dessa forma, você entenderá melhor a diferença de preço e de timbre entre eles, além de saber escolher melhor se vale ou não a pena pagar mais caro por um analógico.

  • Analógicos X Digitais

Os pedais analógicos tratam o sinal continuamente. São geralmente simples e obtêm o efeito somente com componentes elétrônicos como resistores, capacitores, diodos, transistores, circuitos integrados como amplificadores operacionais, e as vezes até válvulas, chaves seletoras etc. Normalmente são pedais que possuem um só efeito.
Já os digitais, são pedais que processam o sinal discretamente, com amostragem do valor da tensão e por equações matemáticas. Quem executa essas equações é um circuito integrado especial, chamado DSP (processador digital de sinais). São mais comuns em pedaleiras, por serem mais compactos e modularem mais efeitos usando menos espaço físico. Caso a amostragem seja ruim (tanto na tensão, como na frequência), podem aparecer distorções desagradáveis no sinal. Isso causou um tremendo repúdio pelos efeitos digitais no começo.
Só com essas definições é possível se ter uma idéia do porquê os analógicos serem tão preferidos em relação aos digitais. A sua construção é realmente superior, pois são feitos de componentes "verdadeiros", ou seja, que realmente inteferem na sonoridade do seu instrumento, dando o efeito desejado. Os digitais nada mais são do que "cópias eletrônicas" dos analógicos. Claro que existem modelos de pedais digitais muto bons, sem dúvida alguma, devido ao avanço tecnológico, porém, uma cópia sempre será uma cópia. Agora cabe a vocês analisarem os reviews, ouvirem os samplers e concluirem se essa diferença é ou não aparente.
Lendo vários artigos sobre pedais de efeitos na internet, achei uma comparação muito boa: usar um pedal analógico é como pilotar um avião verdadeiro. Usar um digital, é como pilotar um simulador de vôo.

Agora que esclarecemos bem a diferença entre esses dois tipos de pedais, podemos falar sobre os diferentes tipos de modulação. Comecemospelos pedais de Chorus.

  • CHORUS

Entender o que esse efeito faz é algo bem simples, basta apenas imaginar a seguinte situação: se ouvirmos uma mesma nota musical, em duas guitarras absolutamente iguais, ao mesmo tempo, com mesmo volume, mesmo timbre, no mesmo aparelho e de olhos fechados, era de se esperar que ouvíssimos apenas o som de um instrumento. No entanto, conseguimos distinguir os dois instrumentos. Isso acontece porque é praticamente impossível duas pessoas tocarem uma mesma nota, ao mesmo tempo, sem uma pequena diferença no próprio tempo.
O que podemos fazer é dividir um mesmo som em duas vias e atrasar o sinal sonoro de uma delas. Dessa forma, enganaremos nossos ouvidos fazendo parecer que há dois instrumentos. Resolvido o problema, não é? Pois bem, ao fazer isso, nossos ouvidos vão identificar como um  único som, com um pequeno eco no som e não como dois instrumentos. É preciso ficar variando esse atraso para mais e para menos e se aplica um ligeiro vibrato para essa função.
Se modificássemos o timbre de um dos sinais, como se uma das guitarras estivesse usando outro captador, ajudaria ao ouvido a distinguir como outro instrumento. Um detalhe é que se tocarmos três, quatro ou cinco instrumentos ao mesmo tempo, o ouvido já não consegue distinguir o número exato de instrumentos.

  • Os principais modelos

Vale a pena ressaltar que esses pedais não estão na ordem do melhor para o pior, nem vice-versa. Essa ordem é totalmente aleatória, servindo como um guia para quem está a procura do pedal mais agradável aos seus ouvidos.
Além disso, como alguns desses pedais são difíceis de serem achados aqui no Brasil, resolvemos colocar os preços em dólar para facilitar a comparação.


ELECTRO-HARMONIX SMALL CLONE

 
 
Controles: Rate e switch de Depth
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $85,00
Circuito: Analógico
Review:  Um dos pedais mais conhecidos e badalados quando o assunto é chorus, o Small Clone realmente faz jus a sua fama. Seu timbre é fantástico e com apenas um knob de intensidade, torna-se muito fácil de regular. Outro ponto muito bom desse pedal é o switch de profundidade, que ao ser acionado, deixa o chorus ainda mais presente no som do seu instrumento, aumentando o leque de possibilidades. Dentre os pedais ditos como "top", esse é uma boa pedida pois seu preço não é tão salgado.



MAXON PAC9 PURE ANALOG CHORUS


Controles: Speed, Width, min-switch Pure e mini-switch Bright
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $280,00
Circuito: Analógico
Review: Pedal maravilhoso. Não se limita ao padrão "Intesidade e Profundidade" da maioria dos pedais de chorus. Seus dois mini-switchs Pure e Bright dão um leque ainda maior de possibilidades. O primeiro deixa o efeito mais padronizado quando acionado e aumenta o sinal atrasado em 4DB quando desligado, criando algo parecido com um tremolo. Já o botão Bright corta as frequências mais graves do efeito quando acionado. Além disso, ele possui dois outputs: um mono e outro stereo.


Video demo Maxon PAC9 1


BOSS CH-1 SUPER CHORUS


 
Controles: E. Level, Eq, Rate, Depth
True Bypass: Não
Voltagem: 9V
Preço médio: $80,00
Circuito: Digital
Review: Esse chorus é um dos favoritos entre os metaleiros. Porque? Simples, ele é muito mais ardido que a maioria dos seus concorrentes, proporcionando um chorus mais forte, excelente pra quem quer timbrar os agudos do seu instrumento. Além dos controles padrões, possui o knob Eq que ajuda a regular as frequências do efeito gerado. Também possui dois outputs: mono e stereo.



ANALOG.MAN CHORUS


Controles: Speed, Depth
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $90,00
Circuito: Analógico
Review: O que mais me impressinou desse pedal não foi nem o timbre, mas sim a construção, pois é um verdadeiro tanque. Sua durabilidade deve tender ao infinito, sem brincadeira. Sendo seguidor dos controles tradicionais, esse pedal consegue transitar bem entre um chorus bem sutil, até o mais agressivo, sendo ótimo tanto para bases quanto para solos, pois não altera em nada o volume do seu instrumento mesmo quando ligado. Ainda existe o modelo Bi Chorus que é igual a esse, mas com dois canais, sendo dois chorus em único pedal. Bem interessante para quem realmente gosta desse efeito.
 



DANELECTRO COOL CAT


 
Controles: Speed, Chill
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $70,00
Circuito: Digital
Review: Recomendado para quem quer um bom chorus, true bypass, sem gastar muito dinheiro. Seu timbre é bem vintage, perfeito para tocar Pretenders, The Police, Lulu Santos e coisas do gênero. Sua regulagem é bem fácil, sendo indicado para iniciantes inclusive.



GUYATONE MIGHTY MICRO CHORUS


Controles: Level, Depth, Rate, switch Wave (Sin, Tri, Sq), Fx Level
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $140,00
Circuito: Analógico
Review: Baseado no clássico Guyatone MC-3, o Mighty Micro Chorus é um pedal compacto, mas com inúmeras funções. Além dos controles padrões Depth, Rate e Level, ele possui um switch que muda o formato da onda do efeito, ou seja, mudando completamente a sua sonoridade. São três opções disponíveis: Sin (Sine Wave = Seno), Tri (Triangle Wave = Triângulo) e Sq (Square Wave = Quadrado). Por último, ele tem um mini-knob que regula o volume do efeito em relação ao sinal bypass.

 



MXR STEREO CHORUS


Controles: Bass, Treble, Intensity, Width, Rate e switch Bass Filter
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $170,00
Circuito: Digital
Review: Esse amarelinho é muito bom. O equalizador de duas bandas trás um outro nível de timbragem para o chorus, pois te proporciona uma regulagem muito mais pessoal. Isso sem contar com o switch chamado Bass Filter (o botão branco) que curta as frequências graves, dando muito brilho ao seu instrumento. Isso é ótimo pois te dá a liberdade de cortar essas frequências quando e se quiser. Além disso, possui dois outputs: mono e stereo.



VOODOO LAB ANALOG CHORUS

 
Controles: Intensity, Speed
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $169,00
Circuito: Analógico
Review: Baseado no Boss CE-1, modelo que fez história na década de 70, o Voodoo Lab Analog Chorus é certamente um dos melhores pedais de chorus da atualidade. Seu timbre é muito orgânico, quase como se fosse uma voz, realmente macio. Pra quem gosta de usar o Chorus só pra dar um charme no som do seu instrumento, esse pedal é perfeito, pois mesmo com os dois knobs no talo, ele preserva a qualidade e a maciez do efeito. Pra quem poder trazer pedais do exterior, essa é uma excelente opção. Não vale a pena comprá-lo aqui pois estão metendo a mão. Não achei por menos de 900 reais.



LINE 6 SPACE CHORUS

Controles: Speed, Color, Depth, três modos (Chorus, Tri, Vibrato) e Tap Tempo
True Bypass: Não
Voltagem: 9V
Preço médio: $120,00
Circuito: Digital
Review: A Line 6 vem se especializando em fazer equipamentos multi-funcionais e ela adaptou essa filosofia para os seus pedais também. O Space Chorus é um "três em um" muito legal, pois oferece várias timbragens diferentes de uma maneira bem simples. Além dos controles básicos (Speed, Color e Depth), possui uma chave de três modos. No primeiro, Chorus, te dá um som bem vintage, lembrando um pouco o som dos analógicos. O modo Tri é mais parecido com o Boss CH-1, chorus bem forte, brilhoso. O último modo já vira um outro efeito, Vibrato, muito interessante para quem gosta de experimentar. Um ótimo diferencial do Space Chorus é o Tap Tempo. Para quem não sabe o que significa, é a possibilidade de você regular o comprimento das ondas do efeito com o pé, sem precisar mexer em nenhum knob. Basta apertar o switch de ligar e desligar o pedal na velocidade que deseja. Por último, possui dois inputs e outputs (ambos mono e stereo).




IBANEZ CS-9 STEREO CHORUS


 
Controles: Speed, Depth
True Bypass: Não
Voltagem: 9V
Preço médio: $110,00
Circuito: Analógico
Review: Pedal clássico de chorus, sendo modelo de inspiração para vários outros, com o Maxon PAC9 citado acima (qualquer semelhança não é mera coincidência). Segue os padrões dos chorus antigos, com dois knobs, regulagem bem simples para um fácil manuseio. Vale a pena ouvir seus samplers.Também possui dois outputs: mono e stereo.



DIGITECH CF-7 CHORUS FACTORY

Controles: Level, Speed, Depth (gerais e para cada modo), Chorus model
True Bypass: Não
Voltagem: 9V
Preço médio: $100,00
Circuito: Digital 
Review: Fazendo uma pequena comparação, esse pedal é como se fosse a Variax dos chorus. Seus knobs são regulados tanto para o controle geral, tanto para cada modelo de chorus setado pelo último botão (chorus model) - mesmo estilo do Metal Zone, "dois knobs em um". São sete modelos de pedais que o CF-7 simula: 1. Digitech Multi Chorus, 2. Voodoo Lab Analog Chorus, 3. TC Eletronics Stereo Chorus/Flanger, 4. Fulltone Choralflange, 5. Boss CH-1 Super Chorus, 6. EHX Small Clone e 7. Boss CE-5 Chorus Ensemble. Além disso, ele possui dois outputs: mono e stereo.
 



  • FLANGER

É o que se ouve quando dois sons são tocados ao mesmo tempo, sendo que um está parado num local fixo e o outro sendo deslocado de um ponto para outro. O efeito poderá ser notado mais enfatizado se for feito este deslocamento em uma distância maior, com fontes sonoras mais possantes. Imagine um rádio ligado numa estação em praça pública, passando um avião a jato, com falantes nas asas, tocando a mesma estação de rádio.
Artificialmente pode-se conseguir o efeito fazendo tocar, por exemplo, uma mesma música em dois gravadores apertando a tecla play exatamente no mesmo momento, mas um deles deverá estar com a rotação desregulada em relação ao outro e assim atrasando e adiantando a música. E foi realmente assim que se criou o efeito em gravação pela primeira vez, quando um técnico de som reproduzia uma mesma música em dois gravadores de rolo e acidentalmente esbarrou no carretel da fita de um deles alterando assim a rotação. O nome “flanger” vem justamente daí, pois flange que quer dizer beirada. O nome correto do carretel de fita é “caraveli” e as laterais do caraveli são as flanges.
Eletronicamente é possivel reproduzir o efeito muito próximo do real, pois o que acontece com o som é um defasamento de um sinal em relação a outro.
Incialmente, antes da existência de um circuito eletrônico (integrados BBD) que conseguissem atrasar o sinal sonoro, tentou-se reproduzir o efeito apenas desafinando o sinal eletronicamente (como a rotação desregulada do motor de um gravador), mas sem um dos sinais estar atrasado no tempo. Assim, acabou-se inventando o efeito “phaser” que nada mais é do que um flanger pobre.
Sobre os pontos aonde acontece o defasamento entre dois sinais iguais somados, a coisa é mais complicada de se explicar eletronicamente entre phaser e flanger, mas podemos dizer que no phaser os pontos são fixos, sempre acontecendo num giro de oscilação em 45°, 90°, 180º etc. Já num flanger, os pontos são em número muito maior e vão variando devido ao ligeiro atraso no tempo de um dos sinais somados. O que podemos fazer é dividir um mesmo som em duas vias e atrasar o sinal sonoro de uma delas.

Os principais modelos

Novamente, vale ressaltar que esses pedais não estão na ordem do melhor para o pior, nem vice-versa. Essa ordem é totalmente aleatória, servindo como um guia para quem está a procura do pedal mais agradável aos seus ouvidos.
Além disso, como alguns desses pedais são difíceis de serem achados aqui no Brasil, resolvemos colocar os preços em dólar para facilitar a comparação.


ELECTRO-HARMONIX DELUXE ELECTRIC MISTRESS


Controles: Color, Range, Rate
True Bypass: Sim
Voltagem: 18V
Preço médio: $135,00
Circuito: Analógico
Review: Flanger fantástico, o Electric Mistress soa extremamente espacial, profundo e musical mesmo em regulagens extremas, criando ambiências de vários tipos através de muitas formas de filtros onde conseguimos sonoridades metálicas, líquidas, ultra-moduladas, entre muitas outras possiveis. O "Filter Matrix" desimpede a varredura automática, e permite posicionamento manual do banco de filtros para alcançar sons de carrilhão metálicos e outros efeitos muito loucos.



DANELECTRO HASH BROWNS



Controles: Speed, Regen, Width
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $35,00
Circuito: Analógico
Review: Um dos pontos fortes da Danelectro é conseguir juntar boa qualidade com ótimo preço e isso se confirma no Hash Browns. Excelente flanger, com um preço quase irresistível. Claro que com um preço desses, não se deve esperar muito do material utilizado na construção desse pedal, mas mesmo assim, com um pouco de cuidado, esse roxinho pode durar um bom tempo. Timbre muito macio e de fácil regulagem.



MXR EVH FLANGER


Controles: Manual, Width, Speed, Regen e switch "Unchained"
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $190,00
Circuito: Analógico
Review: Bom, se você é guitarrista ou fã de guitarra, certamente já ouviu muito Van Halen na vida. Riffs clássicos como de Unchained e And The Craddle Will Rock deixaram marcas na maneira como se toca guitarra, principalmente por causa do efeito curioso, diferente e único usado por Eddie. Pois bem, com o MXR EVH Flanger você pode reproduzir o tal efeito de maneira idêntica. Além dos controles normais (Manual, Width, Speed e Regen.), que te permitem gerar inúmeros flangers, existe o switch chamado "Unchained" que, quando acionado, reproduz o flanger igual ao usado por Eddie na gravação dessa música. Para os fãs, esse pedal é imperdível. Claro que algo assim não poderia ser barato.



BOSS BF-3

Controles: Manual/Res, Depth, Rat, Mode (Momentary, Gate/Pan, Standart, Ultra) e Tap Tempo
True Bypass: Não
Voltagem: 9V
Preço médio: $120,00
Circuito: Digital
Review: A primeira coisa que me chamou a atenção desse pedal foi o fato de ter dois inputs: para guitarra e para baixo. Além disso, seus quatro diferentes modos, somados aos outros knobs, dão uma série de timbragens diferentes. Prato cheio para os experimentalistas. O modo Momentary faz com que o flanger só seja acionado enquanto você mantiver o pedal pressionado. Soltando-o, o efeito cessa imediatamente. O Gate/Pan funcionará como Gate caso esteja plugado no output mono (parecerá um "engasgo") e será Pan caso esteja plugado no output stereo (oscilará entre o canal A e o canal B). O modo Standart é a função padrão. Por último, o Ultra deixa o flanger ainda mais presente, como se fosse o Standart dobrado. Deve-se tomar muito cuidado para não errar a mão nesse modo. Outro diferencial bem forte do BF-3 é a presença do Tap Tempo. Outputs mono e stereo.

 



HOMEBREW FROST BITE



Controles: Threshold, Range, Manual, Level, Speed, Enhance e switch de Harmonics (Odd/Even)
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $239,00
Circuito: Analógico
Review: Baseado no lendário Flanger da A/DA, o Frost Bite é um excelente flanger, com garantia vitalícia, ou seja, não importa se você tenha esse pedal há 40 anos, se der algum problema e for comprovado que não é de mau uso, a Homebrew cobre os gastos do conserto. Esse pedal é um senhor flanger, pois além dos inúmeros controles que te permitem uma setagem bem pessoal, ele ainda viaja pelo chorus, vibrato, pitch shift e um simulador de leslie. Realmente incrível. Pena que o preço não ajuda.



IBANEZ FL9


 
Controles: Speed, Regen, Width, Delay Time
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $130,00
Circuito: Digital
Review: Com o mesmo circuito do modelo original dos anos 80, o Ibanez FL9 é o flanger ideal para aqueles que querem apenas dar um gás no timbre da sua guitarra, nada de efeitos escandalosos. Ele consegue preservar o som do seu instrumento mesmo quando os knobs estão no talo. Bem legal para quem não quer gastar tanto com um flanger. O controle Delay Time ajuda a personalizar o efeito, dando total liberdade para você criar um flanger ideal para o seu som.



TOADWORKS HOWARD LEESE'S BARRACUDA

Controles: Level, Depth, Regen, Rate
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $250,00
Circuito: Analógico
Review: O ToadWorks Barracuda foi projetado para ser uma solução moderna de como adquirir um flanger vintage BBD analógico usando componentes disponíveis atualmente. Com dois outputs, quando usado em modo mono (output normal), o famoso flanger hipnótico e nebuloso é alcançado com facilidade. Quando utilizado em estéreo, o resultado sonoro é fenomenal. Além disso, o Barracuda é tem um input para pedal de expressão, ou seja, plugando um desses nele, você conseguirá controlar o volume do seu efeito de forma livre e totalmente dinâmica.
 



  • PHASER

Um dos efeitos mais difundidos por Eddie Van Halen, o phase era produzido originalmente gravando e reproduzindo o mesmo sinal em dois gravadores; as variações de pitch e velocidade provocam um efeito (wooshing).
O interessante resultado sonoro caracterizado neste efeito é obtido da seguinte forma: soma-se à onda original, uma onda de mesma freqüência e amplitude, mas com uma variação temporal e linear de fase, o que resulta em uma série de interferências construtivas e destrutivas. O único parâmetro desse tipo de efeito é a freqüência com que varia a fase da onda somada à original.
O phase emprega atrasos muito curtos na faixa de 1 a 10 ms. Quando o sinal original é atrasado em relação ao sinal repetido, ocorre um efeito conhecido por comb filter, no qual as frequências cujos períodos estão diretamente relacionados ao tempo de atraso, são atenuadas e reforçadas devido ao cancelamento de fase. Efeitos de phase utilizam um determinado número de filtros para gerar o efeito comb. Usando um modulador (LFO) para mover esse filtro dentro de uma determinada região do espectro causa um cancelamento de fases variável dependente das frequências usadas.
A diferença entre phase e flanger é que neste último a atenuação e o reforço das frequências ocorrem em intervalos regulares enquanto que no phase isso depende da disposição dos filtros. Além disso, no phase o espaçamento, a largura e a intensidade (depth) podem ser variáveis.

Os principais modelos

Como sempre, vale ressaltar que esses pedais não estão na ordem do melhor para o pior, nem vice-versa. Essa ordem é totalmente aleatória, servindo como um guia para quem está a procura do pedal mais agradável aos seus ouvidos.
Além disso, como alguns desses pedais são difíceis de serem achados aqui no Brasil, resolvemos colocar os preços em dólar para facilitar a comparação.


MXR PHASE 90


 
Controles: Speed
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $80,00
Circuito: Analógico
Review: Quando o assunto é phase, esse é o pedal que vem na cabeça de 90% dos músicos. Só com isso já dá pra se ter uma idéia de que esse pedalzinho não é brincadeira. Com um único knob de velocidade, o MXR Phase 90 é ridiculamente fácil de se regular, possui um timbre excelente e ainda por cima não é tão caro se comparado à maioria dos seus concorrentes. Muitíssimo recomendado para quem não quer perder tempo procurando um ótimo phase, que não seja o olho da cara. Ele ainda possui um irmão maior, o Phase 100, com um segundo knob que te dá quatro opções de ondas para escolher qual tipo de phase você quer. Isso sem contar com as milhões de reedições vintages e comemorativas.



MXR EVH PHASE 90

Controles: Speed e botão Script.
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $130,00
Circuito: Analógico
Review: Bom, depois de falar tanto do cara, me sinto na obrigação de botar o modelo dele. Está ai, o MXR EVH's signature Phase 90. Sem contar como todo o marketing em cima do nome e o fantástico acabamento do pedal, a única diferença entre esse modelo e o original está no botão Script. Quando acionado, ele automaticamente resgata o efeito imortalizado por Eddie, pois acentua o formato da onda, deixando o phase mais forte e presente.


Video demo MXR EVH Phase 90 1


ELECTRO-HARMONIX SMALL STONE


 
Controles: Rate e switch de Color
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $85,00
Circuito: Analógico
Review: Lá vamos nós para a eterna discussão de qual é o melhor phase: Small Stone ou Phase 90? Não existe resposta para essa pergunta, porque simplesmente depende do ouvido de cada um. Depois de ouvir vários samplers diferentes de ambos, achei o Small Stone um pouco mais orgânico, porém, mais timido. Com a chave Color para cima, dá para se conseguir algo parecido ao MXR, inclusive. Já com ela voltada para baixo, a onda muda, mostrando um phase diferente, mais sutil e limpo.



REDWITCH DELUXE MOON PHASER



Controles: Velocity, Trajectory, Cosmology
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $300,00
Circuito: Analógico
Review: Esse pedal não é para qualquer um (infelizmente), pois seu preço é astronômico, mas se você é fissurado em phasers e está com grana, nem pense duas vezes. O Redwitch Deluxe Moon Phaser é de outro mundo, sem brincadeira. Timbre absurdo, com regulagens muito fáceis, knobs super sensíveis, sem contar com o acabamento que além de ser bem maneiro, possui um revestimento que dá uma vida útil gigantesca ao pedal. Mas o seu grande trunfo está no knob Cosmology, pois nele encontram-se sete tipos de efeitos, sendo que dois deles são Phase e Tremolos combinados, dando uma enormidade de opções timbrísticas ao músico. Para os aficcionados, vale a pena o preço.



SUBDECAY QUASAR



Controles: Rate, Feedback, Freq, Depth, Mix
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $190,00
Circuito: Analógico
Review: Outro excelente pedal de phase, recomendado para aqueles que procuram qualidade um pouco acima da média (acompanhada do preço na mesma condição). Diferentemente de todos os seus concorrentes, o Subdecay Quasar utiliza Vactrols, ao invés de Jfets, para variar as frequências do efeito. Em um circuito de phase, os Jfets claramente acrescentam uma distorção moderada ao sinal da guitarra, que aumenta conforme o input e o aumento do efeito. Vactrols são mais caros, mas proporcionam sonoridade mais limpa e transparente, e uma gama de frequências mais ampla para o efeito phase.



  • TRÊMULO/VIBRATO

O conceito de vibrato e trêmulo se confundem, sendo até caso de muitas discussões. Vamos tentar esclarescer a diferença da maneira mais completa.
A definição de vibrato é múltiplas variações de tom. Você treme a mão esquerda, como se estivesse fazendo vários bends menores na mesma nota ou treme a sua ponte fazendo o mesmo efeito. Já trêmulo é a técnica usada para obter o efeito de Vibrato. Isso mesmo, a técnica que consiste em tremer a corda com a mão ou com a alavanca, gerando um vibrato é exatamente o trêmulo.
Resumindo: trêmulo é a técnica, a execução que tem por resultado o efeito vibrato.
Nos pedais, isso não passa de variação da freqüência do sinal. A esse sinal que sofre a variação não é adicionado o sinal original como acontece no chorus e flanger, por exemplo. Existem outras versões falando que vibrato é variação de tom (como expliquei acima) e trêmulo é uma variação periódica de amplitude (como variar periodicamente o botão de volume num aparelho de som). Fica a critério de cada um escolher em qual versão acreditar. Ambas as explicações têm nexo.

Os principais modelos

Como sempre, vale ressaltar que esses pedais não estão na ordem do melhor para o pior, nem vice-versa. Essa ordem é totalmente aleatória, servindo como um guia para quem está a procura do pedal mais agradável aos seus ouvidos.
Além disso, como alguns desses pedais são difíceis de serem achados aqui no Brasil, resolvemos colocar os preços em dólar para facilitar a comparação.


MAD PROFESSOR MELLOW YELLOW TREMOLO


Controles: Speed, Depth, Level
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $312,00
Circuito: Analógico
Review: Pra quem não conhece, a Mad Professor é uma fabricante de pedais handmade da Finlândia. O Mellow Yellow Tremolo é um dos seus pedais mais famosos, pois reproduz de forma inacreditável os trêmulos dos anos 50. Muito suave, ele é perfeito para quem busca novas nuânces para o seu timbre, com controles bem simples e timbre maravilhoso. Altamente recomendado para quem quer investir em trêmulo.
 



MXR TREMOLO STEREO

 
Controles: Depth, Shape, Speed e footswitch de PAN
True Bypass: Não
Voltagem: 9V
Preço médio: $170,00
Circuito: Digital
Review: Quando você olha o preço desse pedal e lê que o mesmo não é true bypass, logo pensa: tá maluco que vou pagar isso tudo! Bom, você estaria certo se não fosse por um detalhe que torna o MXR Tremolo Stereo único, o switch de PAN. Essa função extra é o grande "Ás" dessa caixa, pois quando ligado em stereo, o PAN faz com que o sinal do efeito fique "passeando" entre os dois lados (direito e esquerdo). Dessa forma, o trêmulo dá um gás incrível ao timbre da sua guitarra. Algo desse tipo só poderia ser reproduzido em estúdio, se não fosse pelo MXR Tremolo Stereo.



VOODOO LAB TREMOLO


Controles: Intensity, Slope, Speed, Volume
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $130,00
Circuito: Analógico
Review: Esse é um dos trêmulos que melhor reproduzir o efeito original embutido nos amplificadores valvulados de antigamente. Isso acontece porque dentro do seu circuito elétrico, encontram-se as mesmas lâmpada e célula fotoelétrica utilizadas nesses amps. Fora isso, ele assemelha-se aos seus concorrentes, com a vantagem de ter dois controles separados para intensidade e formato da onda.

 



ELECTRO-HARMONIX WIGGLER


 
Controles: Volume, Intensity, Rate, switch de Tremolo/Vibrato e quatro modos (Looz, Hamm, Acey e Wurl)
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $190,00
Circuito: Analógico e Valvulado
Review: A EHX o chama de "Máquina do Tempo" e realmente faz sentido. Wiggler chega o mais próximo possível do trêmulo de um valvulado, tanto que possui uma válvula dentro do seu circuito. O mais legal desse pedal são os quatro modos de Vibrato que possibilitam um mix gigantesco de possibilidades. Looz reproduz os antigos alto-falantes Leslie, Hamm faz lembrar a sonoridade de um órgão Hammond, Acey aproxima-se dos trêmulos dos antigos Vox e Wurl se assemelha aos vibratos quase vacilantes  de piano.



BOSS TR-2


Controles: Rate, Wave, Depth
True Bypass: Não
Voltagem: 9V
Preço médio: $95,00
Circuito: Digital
Review: Dentre os trêmulos que valem a pena serem considerados, esse talvez seja o mais em conta. Tudo bem que não é true bypass e ainda por cima, digital, mas nada que acaba com a reputação do TR-2. O leque de possibilidades é seu grande forte, sendo facílimo de mexer. O grande problema é a nítida interferência no sinal ao ser ligado.

 



REDWITCH PENTAVOCAL TREM


Controles: Velocity, Depth, Volume, Bottom, cinco modelos de Voicing (trêmulos diferentes), footswitch para dois tipos de onda
True Bypass: Sim
Voltagem: 9V
Preço médio: $250,00
Circuito: Analógico
Review: Falar sobre um pedal Redwitch é a mesma coisa que falar sobre uma guitarra Paul Reed Smith, um amp Soldano ou um cabo Planet Waves: top de linha "mór". O Pentavocal Trem é simplesmente o trêmulo mais orgânico dentre todos, sem exageros e ainda não satisfeito, possui no knob Velocity cinco setagens diferentes, totalmente diferentes uma das outras, criando uma dinâmica incrível para ser explorada. Para fechar, facilitando ainda mais nossa vida, possui um segundo footswitch que alterna entre uma onda bem suave e outra mais forte. Pedal inacreditável, mas claro, com um preço ridiculamente alto.

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